FORJAMENTO O forjamento é o mais antigo processo de conformar metais, tendo sido originado no trabalho dos ferreiros, séculos antes de Cristo. Consiste na deformação do material através do martelamento ou da prensagem. Ou seja, são operações efetuadas por meio da compressão de determinado material, o qual tende a moldar-se ao formato desejado. São dois os principais equipamentos para forjamento: os martelos de forja ou martelos de queda e as prensas. No forjamento por martelamento, são aplicados sucessivamente golpes rápidos no metal (velocidades entre 3,0 e 20 m/s), fazendo com que a pressão atinja a máxima intensidade ao entrar em contato com o metal, decrescendo rapidamente logo em seguida, já que a energia do golpe é absorvida na deformação do metal. Já na prensagem, o metal sofre compressão a baixas velocidades (de 0,06 a 1,5 m/s), e tem sua máxima pressão pouco antes da retirada da prensa. As prensas podem ser mecânicas, que são acionadas por eixos excêntricos e podem aplicar cargas entre 100 e 8000 toneladas, ou hidráulicas, que são acionadas por pistões hidráulicos e possuem capacidade de carga entre 300 e 50000 toneladas. Dessa forma, observamos que o martelamento produz maior deformação nas camadas superficiais do material, enquanto a prensagem atinge as camadas mais profundas, resultando em uma deformação mais regular. As operações de forjamento podem ser realizadas a quente, onde as temperaturas aplicadas são maiores que a temperatura de recristalização* do metal, ou a frio. A máxima temperatura é aquela em que pode ocorrer fusão incipiente* ou aceleração da oxidação, e a mínima é aquela abaixo da qual poderá ocorrer encruamento*. Toda operação de forjamento precisa de uma matriz, que ajuda a fornecer o formato final da peça. As matrizes são submetidas a altas tensões de compressão, solicitações térmicas e choques mecânicos. Por isso, é necessário que apresentem alta dureza, elevada tenacidade*, resistência à fadiga* e alta resistência a