FONEMAS, TRAÇOS E PROCESSOS
Tipo de trabalho: Resenha
Fonologia: fonema, traços e processos
Dermeval da Hora, ao refletir sobre os aspectos fonológicos de um língua específica, começa defendendo a necessidade de se ter uma proposta que permita uma representação mais abstrata do que o nível fonético para dar conta de avaliar os princípios que se comportam de forma sistemática. O autor busca a concepção de Saussure dando importância à individualidade entre os signos. No entanto afirma que este estudioso, que distinguiu língua com sendo o conhecimento que um falante tem para ser capaz de falar e entender o outro; e a fala, como a forma em que o falante coloca esse conhecimento, não deixou clara a relação entre a realidade fonética da fala e o papel distintivo do signo no sistema da língua, que se preocupou pouco com os problemas práticos da descrição sincrônica e com o desenvolvimento de uma noção de representação fonética ou fonêmica no sentido moderno. Ao elencar vários estudiosos do início do século XX, vem mostrar que estes estiveram preocupados em explicar e ampliar os conceitos de Saussure. Alguns tentaram combinar a preocupação com a metodologia descritiva com uma consciência sofisticada das questões teóricas. Destes destaca, em um dado momento da história, Trubetzkoy que percebia ser necessário diferenciar o estudo dos sons da fala que caberia a fonética, do estudo dos sons da fala que compõem os significantes dos signos da língua; a fonologia. Observando aí a prioridade dado ao som e não a substância da língua. Mais a frente, usam terminologia que começa definir como opostos a fonologia e a fonética, a primeira vista como uma disciplina funcional que pressupõe o sistema e a última como uma disciplina auxiliar da lingüística, tratando os fenômenos fônicos de acordo com suas funções na língua. É consenso tanto para Saussure quanto para estes estudiosos que as duas disciplinas teriam de estar separadas. A dificuldade era separar o que parece por