Folhas
Um sistema pode ser definido como sendo um conjunto de elementos que são interligados de alguma maneira para compor um todo e assim realizar funcionalidade específica. Por exemplo, um aparelho de som hi-fi é composto de vários componentes, tais como compartimento para discos e fitas, amplificador e auto-falantes. Todos são interconectados por cabos elétricos. Um sistema também possui uma função bem definida, a qual pode ser identificada a partir das funcionalidades de seus componentes. Por exemplo, a função do aparelho de som hi-fi é transformar a informação armazenada em discos e/ou fitas em som audível, o que é algo que nenhum dos componentes do sistema pode realizar por si só. Neste sentido, pode-se identificar dois aspectos fundamentais em qualquer sistema: sua estrutura e seu comportamento. A estrutura reflete os componentes e como eles estão interconectados e o comportamento reflete a funcionalidade do sistema. Sistemas em que o número de componentes é alto e/ou as inter-relações entre eles não são muito claras ou difíceis de serem estabelecidas e entendidas são ditos complexos. No projeto de tais sistemas complexos, a identificação de alguma ordem ou regularidade é de extrema importância, o que normalmente requer uma abordagem estruturada e sistemática. Dependendo de quais aspectos se está tentando identificar, deve-se usar um tipo de representação e um nível de abstração adequados. Os três tipos mais comuns de representação são o comportamental, o estrutural e o físico. Uma representação comportamental captura o sistema como uma caixa preta e se concentra na especificação do comportamento como uma função dos valores de entrada e o tempo (ver figura 1.1). Em outras palavras, uma representação comportamental descreve a funcionalidade mas não a implementação de um dado sistema, definindo as respostas da caixa preta para qualquer combinação dos valores de entrada mas sem descrever como projetar ou construir o sistema usando dados componentes.
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