Fogo morto
O romance é dividido em três partes, com três personagens centrais. Cada uma das personagens principais representa, na verdade, uma classe social da população nordestina. As três personagens centrais estão envolvidas no cenário de miséria, doenças, e por uma politicagem e prepotência policial que defendem as minorias fortes. São personagens diferentes, que vivenciam situações existências próprias de suas condições sociais, mas possuem um traço psicológico em comum: O orgulho.
José Amaro - Trabalhador branco livre do Nordeste. Revela forte orgulho por ser branco e alta consciência de ser humano. Sabe que é explorado e não quer aceitar; porém não tem alternativa, salvo sua coragem e o apoio ao cangaço.
Coronel Lula de Holanda - Figura como representante da aristocracia arruinada dos engenhos. Possuí o orgulho despótico de um senhor feudal, mas perde o poder econômico. Refugia-se na religião, no amor ao passado, sem deixar de lado suas vaidades. Humilhado pela decadência e sofrendo as pressões do cangaço, isola-se.
Vitorino Carneiro da Cunha - Representa o eterno opositor, corajoso, que aceita todas as lutas, um idealista em defesa dos mais fracos. Plebeu e ao mesmo tempo aristocrata pelo parentesco com o coronel José Paulino, outorga-se o título de capitão.
Personagens secundários
· Sinha - esposa de José Amaro
· Amélia - esposa de Coronel Lula
· Adriana - esposa de Capitão Vitorino
· Marta - filha de José Amaro
· Neném - filha de Coronel Lula
· Luís - filho do Capitão Vitorino (o único em ascensão social)
· Tenente Maurício: opressor, comanda uma tropa de facínoras.
· Negro Passarinho: cantor ingênuo, escravo recém-liberto, corroído pelo vício da bebida.
· Coronel José Paulino: senhor de engenho que se alia a todos os governos.
· à Cego Torquato: agente de ligação com Antônio Silvino
· Cabra Alípio: devotado de corpo e alma ao cangaço