Focus group
O focus group, embora encontre as suas raízes históricas em 1941, com Robert King Merton, é uma forma de coleta de dados que só a partir da década de 80 se desenvolveu mais intensamente como importante estratégia de pesquisa por parte dos cientistas sociais, porque julgava-se que perguntas fechadas nem sempre proporcionavam respostas exatas aos questionários. Embora o focus group se constitua como um processo racional que pressupõe um conhecimento prévio dos objetivos que se pretendem atingir, bem como um processo que tem etapas preliminares à sua aplicação, em termos de resultado final, não é mais do que um diamante bruto que precisa ser lapidado. Isto porque o resultado obtido no decorrer da entrevista, não é um simples aglomerado de informações, mas matéria-prima para que se possa chegar à produção do verdadeiro saber científico. O que é fundamental é ter clareza dos limites e alcances da técnica e/ou método.
O focus group, tal como em qualquer outro tipo de pesquisa de natureza qualitativa, tem por finalidade procurar o sentido e a compreensão dos complexos fenômenos sociais, onde o investigador utiliza uma técnica indutiva de investigação, sendo o resultado amplamente descritivo, contudo, contribuem para especificar diretrizes para escolhas em determinados tipos de estudo.
Comparado a outras técnicas, o focus group, proporciona uma multiplicidade de visões e reações emocionais no contexto do grupo. Se, por um lado, pode ser considerada como ação não natural que pode inibir a espontaneidade do grupo, por outro, por ser uma ação previamente organizada e dirigida a um grupo determinado, permite ao investigador maior agilidade na coleta de dados, de forma primária, buscando posteriormente por maior profundidade, o que não se assegura em técnicas ou métodos não diretivos.
Pode-se usar o focus group para compreender a relação entre causa e efeito, clarificar resultados invulgares, assim como para verificar conjeturas e