Fluxos de migração
Fluxos entre Brasil e África♣
Edilma Desidério♠ ENCE/IBGE edilmadesiderio@ibge.gov.br/ dilmabr@gmail.com
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Este texto é parte integrante do trabalho de dissertação de Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisa Social da Escola Nacional de Ciências Estatísticas/IBGE que será defendido em março de 2006 e estará abordando a imigração africana recente para o Rio de Janeiro. Texto para comunicação em Sessão Temática 1 – migração Internacional, no IV Encontro Nacional sobre Migração, realizado nos dias 16-18 de novembro de 2005, no Rio de Janeiro-RJ.
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Migração e Políticas de Cooperação: Fluxos entre Brasil e África INTRODUÇÃO Nos dias atuais um novo mapa geopolítico dos países africanos reforça o modelo de reestruturação do sistema global, consolidado pela classe dominante internacional e pela internacionalização do mercado mundial de capitais. Nesse contexto, o continente africano deixa de ser apontado unicamente como foco de problemas sociais, políticos, étnicos e principalmente econômico, ressurgindo no cenário global atual como um continente que deve ser pensado coletivamente, com estratégias que possam priorizar o desenvolvimento de seus países e a melhoria dos indicadores sociais, econômicos e demográficos. Desse modo, os chefes de Estados do bloco menos desenvolvido ou em desenvolvimento são orientados e monitorados pelo bloco dominante desenvolvido a buscarem ajuda e a estabelecerem acordos de cooperação internacional com objetivos multilaterais e alguns países africanos nessa perspectiva, consideram os Estados Unidos parceiro estratégico de extrema importância no processo de reestruturação de suas nações. Como estratégia de dominação, o grupo dos países mais desenvolvidos (G8), presidido pelo Primeiro-Ministro Tony Blair, nesse ano de 2005, escolheu o continente africano como pauta prioritária para sua política externa, já que em 2004 o PrimeiroMinistro estabeleceu a Comissão para África. A amplitude dos