Psiquê, a filha mais nova das três filhas do rei, uma jovem tão bela que de todas as partes vinham homens para admirá-la, passou a ser objeto de culto, sobrepondo-se a Afrodite, a deusa da beleza, cujos templos se esvaziavam. Porém, enquanto as irmãs mais velhas estão casadas, ninguém aparece para pedir-lhe a mão. Os homens só fazem adorá-la. A deusa indignou-se com o fato de uma mortal receber tantas honras. O rei então vai consultar um oráculo, que por "acaso" é dominado por Afrodite. Cheia de raiva e inveja, Afrodite faz com que a resposta seja uma terrível profecia. A jovem terá de ser levada ao alto de uma montanha, vestida de noiva e ficar sozinha até um sinal. Afrodite ordenara a seu filho Eros, o deus do Amor, que atingisse a jovem com suas flechas, fazendo-a se apaixonar pelo monstro que viria reclamá-la. Eros obedece às ordens da mãe, mas ao bater os olhos em Psiquê, acidentalmente espeta o dedo em uma de suas flechas. No mesmo instante apaixona-se perdidamente por ela e decide torná-Ia sua esposa. Pede ao Vento Oeste, que a carregue, suavemente, montanha abaixo, até o Vale do Paraíso. Ao ver-se pousando num majestoso palácio, com música e servos invisíveis, ela não faz perguntas, fica inebriada com sua inesperada boa sorte. À noite, oculto pela escuridão. Mas fez-lhe algumas restrições: arranca-lhe a promessa de que nunca vai olhá-Io nem fazer perguntas sobre seus