O filósofo e teórico de mídia tcheco Vilém Flusser, naturalizado brasileiro, dizia que nosso país era considerado por ele uma nação “sem história, sem passado, sem futuro, - uma nação do presente”, é interessante utilizar esta fala aplicando-a à suas teorias, tendo em vista que moramos no Brasil e conhecemos bem nossa realidade midiática. O autor destaca-se por sua obra “Filosofia da Caixa Preta”, estudada e discutida por nós durante as aulas. Um ponto a ser destacado sobre este autor é o de como seu texto possui fluidez, Flusser escrevia de maneira que uma linha de pensamento se atava a outra, sem se preocupar em adicionar certa “preposição intelectual” ao que estava descrevendo, o que torna a leitura – do meu ponto de vista – mais prazerosa e contínua, comparado a um texto cheio de referências e notas de rodapé. Nos textos aos quais tive acesso percebi um fluxo bem maior de informações. É possível notar em seu livro e em sua entrevista certo pessimismo e aflição quando o autor trata de códigos, e alerta para uma possível “crise textual” devido ao surgimento das imagens técnicas, a partir do momento em que estas substituem o alfabeto. Tal crise provocaria o escasseamento da história, que é apontada como “um processo de recodificação de imagens em conceitos”. A história não é apenas uma “descrição” do ocorrido. A realidade que temos ao viver algo é uma realidade diferente da que alguém imagia ao vê-la transcrita no formato textual. Durante a discussão que tivemos em sala foi interessante perceber a maneira de como Flusser trata a relação IMAGEM x TEXTO e TEXTO x IMAGEM, pois há uma diferença e um problema ao codificarmos e decodificarmos imagens: é necessário conhecer a reconstituição de todas as dimensões abstratas no momento em que a imagem foi feita. Porém como podemos fazê-lo utilizando máquinas, sem perdermos a real essência do “produto inicial”? Como podemos superar toda a “frieza” que temos com nossas câmeras, tendo em vista que por exemplo hoje em