Flavio imperio e sua trajetoria artistica e academica
Flávio Império foi um arquiteto e artista que dominava abrangentes tipos de linguagem. Atuou em diversos campos como o da cenografia, arquitetura, artes plásticas e do teatro e ensino. Esteve presente em momentos muito importantes para a arte e a cultura brasileira durante as décadas de 60 e 70. Império compreendia as relações e os limites entre a arquitetura e as demais artes, o que o fez transitar livremente por áreas que, ao mesmo tempo em que são tão distintas, estão ligadas ao mesmo campo de percepção visual e sensorial. Dessa forma, suas obras contêm questões muito relacionadas ao campo da linguagem e da percepção.
Em 1958, foi formado por Flávio Império e seus colegas da FAU- USP, Rodrigo Lefévre e Sérgio Ferro, o grupo chamado de Arquitetura Nova, onde existia uma extensa troca de ideias e informações que representaram uma radicalização política quanto aos processos de produção na arquitetura e nas artes.
Império possuía grande interesse por cenografia e principalmente por teatro, o que o fez em 1959 se unir ao grupo do Teatro de Arena e mais a frente em 1962, se unir ao Teatro de Oficina, experiências que lhe proporcionaram um exercício de alternância de soluções criativas e contribuíram de forma marcante na sua formação artística, refletindo em trabalhos posteriores, tanto em teatro como em arquitetura.
Além do seu incrível desempenho nas diversas formas de arte citadas acima, Flávio Império também lecionou durante muito tempo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, colaborando intensamente com o ensino das artes e da arquitetura. As informações sobre seu trabalho na área acadêmica indicavam um tipo de ensino experimental, dinâmico, de desenvolvimento e formação de um senso crítico sobre o trabalho do arquiteto, assim como de instrumentalização abrangente do aluno. Esse desenvolvimento tinha a finalidade de habilitar o aluno a realizar trabalhos de comunicação visual, de desenho