fixação biologica
BACTÉRIAS - RHIZOBIUM
RESUMO
As plantas requerem certo número de elementos além daqueles que obtêm diretamente da atmosfera (carbono e oxigênio sob a forma de dióxido de carbono) e da água do solo (hidrogênio e oxigênio). Todos estes elementos, com exceção de um, provêm da desintegração das rochas e são captados pelas plantas a partir do solo. A exceção é o nitrogênio, que é um nutriente requerido em grande quantidade para o crescimento das plantas.
O N2 é abundante na natureza constituindo cerca de quase 80% do gás atmosférico. Mas somente algumas bactérias aeróbicas dos gêneros Rhizobium, Bradyrhizobium e Azorhizobium, possuem um complexo enzimático, denominado dinitrogenase, capaz de quebrar a tripla ligação entre os dois átomos de N2 e transforma-lo em uma forma utilizável pelas plantas. As fontes fornecedoras desse N são:
Nitrogênio do solo, proveniente principalmente da decomposição de matéria orgânica.
Nitrogênio fornecido por fertilizantes.
Nitrogênio fornecido pelo processo da fixação biológica do nitrogênio atmosférico (N2).
INTRODUÇÃO
Classificação:
Domínio: Bactéria
Filo: Proteobacteria
Classe: Alphaproteobacteria
Ordem: Rhizobiales
Família: Rhizobiaceae
Género: Rhizobium
A primeira espécie de Rhizobium, Rhizobium leguminosarum, foi identificada em 1889 por Frank, mas há descrições do gênero Rhizobium por Kirchner em 1886. A palavra Rhizobium deriva do Grego "rhíza" que significa raiz, e "bio" que significa vida. Em 1932 as bactérias capazes de nodular leguminosas foram classificadas no gênero Rhizobium e subdivididas num critério baseado, principalmente, nos grupos de inoculação cruzada entre o microssimbionte e a planta hospedeira (Fred et al., 1932). Outras características fisiológicas, bioquímicas e genéticas, além da inoculação cruzada e da taxa de crescimento lento passaram a ser consideradas nas décadas subsequentes e permitiram a divisão de Rhizobium em dois grupos, de crescimento rápido e crescimento