Fisioterapia
Artigo elaborado por LIMA, Ana Karina; GESSER, Mariana; ROSA, Marisângela – Acadêmicas Formadas em Fisioterapia em 2/2002 na UDESC.
RESUMO
A medula espinhal pode ser lesada por um trauma, caracterizando um Traumatismo Raquimedular. As lesões da medula espinhal podem ser classificadas em: choque medular, lesão medular completa, lesão medular incompleta, síndrome medular anterior, síndrome medular posterior, síndrome central da medula, síndrome do cone medular e síndrome de Browm-Séquard. As técnicas fisioterapêuticas vêm proporcionando aos pacientes vítimas de traumatismo raquimedular uma maior qualidade de vida, através do aprimoramento do tratamento das seqüelas. O presente artigo tem por objetivo verificar a eficácia do tratamento fisioterapêutico nas seqüelas do Traumatismo Raquimedular, visando maior independência funcional possível.
INTRODUÇÃO
As lesões medulares traumáticas são eventos catastróficos, cujas causas mais freqüentes são acidentes com veículos, ferimentos por arma de fogo, quedas (em atividades recreativas ou esportivas).1 A incapacidade resultante de agressão à medula espinhal ocorre mais freqüentemente nos jovens de nossa sociedade e é mais comumente resultado de traumatismos forçados.2
As fraturas da coluna são freqüentes na maioria dos serviços de neurocirurgia. Ocorrem aproximadamente 60 a 70 casos por 100.000 habitantes por ano, e 10% desses pacientes apresentam déficit neurológico. No Brasil, aproximadamente 140.000 fraturas de coluna a cada ano com 14.000 casos com déficit neurológico.
A coluna cervical é a mais comprometida e os pacientes envolvidos geralmente apresentam idades entre 15 e 35 anos. A reabilitação desses pacientes foi aprimorada nos últimos 40 anos e aumentou dramaticamente a sobrevivência e qualidade de vida. 3
Nos tipos de lesões traumáticas, incluem-se:
CHOQUE MEDULAR – É a perda de todas as funções neurológicas abaixo do nível da lesão medular, o que representa interrupção