Fisioterapia no pé diabético
O diabetes mellitus não sendo uma doença com estigmas visíveis, nem que se dá a conhecer por meio de dor ou outro sinal alarmante, muitas vezes deixa de ser diagnosticada, permitindo que o mau controle da doença leve o paciente a sérias complicações, que afetam, especialmente, os olhos, os rins, os nervos, o cérebro, o coração, os vasos sanguíneos e os pés (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). De acordo com BATISTA (2009) as estimativas mostram que existem 10 a 12 milhões de pacientes adultos com diabetes no Brasil, e provavelmente um número semelhante de casos não-diagnosticados. TAIRA (2009) relata que noventa por cento dos casos são diagnosticados em adultos. Um em quatro apresentam sinais de neuropatia periférica. A incidência de neuropatia periférica aumenta dez anos após o diagnóstico, quando o controle glicêmico está aquém do ideal. A neuropatia periférica é um fator associado em 61% das amputações de extremidades inferiores associadas à diabetes, sendo que em 86% destes procedimentos poderiam ser evitados. LOPES (2003) relata que com o avanço da abordagem geral do indivíduo portador de diabetes mellitus, houve aumento da sobrevida do portador da doença e, com isso, as complicações passaram a ser constatadas com maior freqüência, destacando-se, entre outras, as lesões nos pés, que podem levar a algum tipo de amputação de membro inferior. E como o número de diabéticos vem crescendo em todo o mundo, as complicações da doença absorvem investimentos cada vez maiores, ressalta MEIRELLES (2003), afirmando ainda, que as estatísticas demonstram, e que uma simples visita aos grandes hospitais de emergência o comprova que o número de pacientes diabéticos com complicações nos pés, já se configura como um problema de saúde pública. As obstruções nas artérias dos membros inferiores, frequentes nesses pacientes, resultam em elevada incidência de amputações. Além disso, por deficiência dos mecanismos de prevenção e por desinformação dos