O vomito é o meio pelo qual o trato gastrintestinal superior se livra de seu conteúdo quando quase qualquer parte do trato gastrintestinal superior sofre irritação ou, até mesmo, excitação excessiva. O excesso de distensão ou de irritação do duodeno constitui um estimulo especialmente forte para a ocorrência de vomito. Os impulsos são transmitidos por aferentes vagais e simpáticos até o centro do vomito bilateral no bulbo, situado próximo ao feixe solitário, a nível do núcleo motor dorsal do vago. A seguir surgem reações motoras automáticas apropriadas para desencadear o ato do vomito. Os impulsos motores que realmente causam o vomito são transmitidos do centro do vomito, através do quinto, sétimo, nono, decimo e decimo segundo pares cranianos, ate o trato gastrintestinal superior, e através dos nervos espinhais, ate o diafragma e os músculos abdominais. Quando o centro do vomito é suficientemente estimulado e o ato do vomito está instituido, os primeiros efeitos consistem em: respiração profunda, elevação do osso hióide e da laringe para manter aberto o esfíncter esofágico superior, fechamento da glote e elevação do palato mole para fechas as fossas nasais posteriores. A seguir, surge uma forte contração para baixo do diafragma, juntamente com a contração simultânea de toda a musculatura abdominal. Todo esse processo comprime o estômago entre o diafragma e os músculos abdominais, elevando a pressão intragástrica para altos níveis. Por fim, o esfíncter esofágico inferior relaxa-se por completo, permitindo a expulsão do conteúdo gástrico pelo esôfago. Os vômitos, alem de serem iniciados por estímulos irritativos no próprio trato gastrintestinal, também podem ser ocasionados por sinais nervosos provenientes de áreas do cérebro fora do centro do vomito.
O quarto ventrículo do cérebro hospeda o centro do vômito. O assoalho do quarto ventrículo contem uma área chamada a zona do disparador do quimiorreceptor (CTZ).
O CTZ contem os receptors para a dopamina, a