Fisiologia Esclerose
São Paulo
2015
Esclerose múltipla
Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso, que acomete predominantemente jovens em idade produtiva. É uma das principais causa de incapacidade física nessa faixa etária.
De início temos a predisposição aos Surtos (focos de inflamação no cérebro, medula ou nervo óptico). Esses surtos começam de repente, atingem o ápice e melhoram (geralmente mais rapidamente com o tratamento médico). A melhora pode ser parcial ou total (a depender de inúmeros fatores, como o tamanho do foco de inflamação, o local acometido, a intensidade, o tratamento) – geralmente surtos no início da doença respondem melhor.
Essa fase é chamada de SURTO-REMISSÃO. A duração é de anos (variando de paciente para paciente). Alguns apresentam sequelas importantes em poucos anos e outros têm vida normal ou praticamente normal após muitos e muitos anos de acompanhamento.
Após essa fase o paciente pode entrar na fase SECUNDARIAMENTE PROGRESSIVA, nesta fase ocorre piora bem mais lenta e cessam os surtos. A resposta ao tratamento é pior nesta fase e este geralmente deve ser revisto. A vantagem dessa fase é a redução importante da imprevisibilidade da fase de Surto. A fase de Surto-Remissão deixa o paciente apreensivo com o risco de um surto a qualquer momento (algumas pessoas sofrem muito com essa imprevisibilidade e acaba limitando sua vida social, sentimental ou mesmo profissional pelo risco do surto mais do que pela limitação neurológica).
Lembrando que existe uma forma de EM que nunca surta e piora lenta e progressivamente desde o começo. Ela é infrequente e chamada de PRIMARIAMENTE PROGRESSIVA (lembra mais as doenças degenerativas que as