Fisiologia dos estomatos
Prof.Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa
As trocas como o gás carbônico, o oxigênio e o vapor de água, entre os tecidos vegetais e a atmosfera ocorrem principalmente através dos estômatos. O mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos está diretamente ligado aos processos de transpiração, fotossíntese e respiração, pois a intensidade desses processos depende, principalmente, do grau de abertura dos estômatos.
a) Estrutura, tamanho e distribuição dos estômatos.
Estômatos são pequenas estruturas epidérmicas existentes principalmente nas folhas, mas podem ser encontradas em frutos, flores e caules jovens, formadas por duas células estomáticas (células guardas), que delimitam uma fenda (ostíolo), duas ou mais células anexas (acessórias ou subsidiárias) adjacentes e uma câmara sub-estomática, a qual está em conexão com os espaços intercelulares (Figura 25). Através dos estômatos há uma comunicação direta do interior da planta com o ambiente.
Figura 25. Desenho esquemático de um estômato, indicando todas as suas estruturas.
As células estomáticas, ao contrário do que normalmente acontece com as outras células epidérmicas, possuem cloroplastos sendo capazes de fazer fotossíntese. Outras peculiaridades das células guardas são a ausência de plamodesmatas, e a falta de uma cutícula espessada. Finalmente, as células guardas possuem a parede celular mais espessada em pontos estratégicos e as microfibrilas de celulose são dispostas no sentido radial em relação ao ostíolo. Essas características, como se verá adiante, são importantes no funcionamento dos estômatos. As células guardas possuem uma grande diversidade, mas nós podemos distinguir dois tipos principais: a) as células guardas típicas de gramíneas e algumas poucas monocotiledôneas como as palmeiras e b) as células guardas típicas de dicotiledôneas e muitas monocotiledôneas, assim como gimnospermas; pteridófitas e musgos. (Figura 26). As