Questões de arte
Como o próprio título sugere, Questões de arte: o belo, a percepção estética e o fazer artístico (2. ed., São Paulo: Moderna, 2008. 144 p.) põe em cena crítica o próprio conceito de arte. Problematiza-se a caracterização da suposta essência do estético e de que forma os fruidores de arte se relacionam com as obras, o que acontece por vezes de maneira inusitada e espontânea.
Esse livro tem como objetivo, portanto, apresentar o conceito de arte, colocando-o como uma instância de abstração. Como método para alcançar esse objetivo, estabelece possíveis aproximações entre objetos estéticos do cotidiano do leitor, com o subseqüente estímulo à análise crítica. Isso leva o leitor a aguçar seu gosto e a dar respeito à diversidade, além de considerar a beleza como fator preponderante na constituição identitária dos sujeitos.
Cristina Costa também fornece um viés no âmbito da sociologia, no que se refere ao campo acadêmico chamado Arte (ou Estética). Essa perspectiva, caracterizada pela ênfase nas relações entre o homem, a sociedade e a expressão estética, tem como propósito compreender a função do estético no meio social, bem como o papel de agente social do artista e o significado das linguagens estéticas em contextos sociais específicos. Também aborda a dinâmica de canonização dos artistas, o próprio processo do ofício artístico e a relação entre a arte consagrada e as vanguardistas.
Introdução.
Página 8
Quando se trata de arte
“... Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e principalmente imagens.”
Página 11
A Arte e a vida social-I
(...) A arte é social nos dois sentidos: depende da ação de fatores do meio, que se exprimem na obra em graus diversos de sublimação; e produz sobre os indivíduos um efeito prático, modificando a sua conduta e concepção de mundo, ou reforçando neles o sentimento dos valores sociais. (Antônio Cândido)
“Dessa maneira,