Fisiologia celular
Os tumores, ao crescerem provocam um aumento da captação de glicose e da taxa de glicólise. Para que esta (glicólise) ocorra é necessário haver oxigénio e, há medida que a quantidade deste diminui os tumores começam a ficar hipóxidos (pouco oxigénio). Ao ficarem hipóxidos libertam o factor HIF (Hipoxy Induced Factor), muito importante na sobrevivência do tumor, que provoca uma adaptação metabólica, esta vai aumentar a expressão das proteínas envolvidas no metabolismo da glicose e no número de transportadores GLUT 1 e 3, sendo a glicose captada pela célula.
Como não há oxigénio, ocorre fermentação láctea, processo que vai fornecer energia (ATP) e permitir o crescimento das células. Para compensar a falta de oxigénio, as células tumorais ao libertarem o factor HIF produzem outro factor, o UEGF (factor de crescimento endotelial vascular) que provoca um aumento da irrigação.
Se fosse possível manter o tumor em hipoxia, o seu crescimento seria impedido.
Alguns tipos de neoplasias apresentam nas suas membranas transportadores de glicose que não são expressos no tecido saudável, estando relacionada a expressão de alguns tipos de transportadores ao grau de malignidade dos tumores.
As células malignas possuem maior expressão de GLUT1 e 3. Quanto maior a expressão destes transportadores, mais sombrio é o prognóstico.
A expressão de GLUT1 está relacionada com o potencial maligno de neoplasias mamárias, tumores hepáticos, pancreáticos, esofagianos, cerebrais, renais, ovarianos e cutâneos. Já a presença elevada de GLUT3 encontra-se associada a neoplasias gástricas, ovarianas e pulmonares. Contudo estes transportadores não são comuns quando os órgãos estão sadios.
Os transportadores GLUT5 presentes em tumores mamários, também não são encontrados neste tecido, quando normal.
Recentemente descoberto o GLUT12 está expresso em células prostáticas e mamárias neoplásicas, sendo que nos adultos também se encontra