Fisiocracia

A fisiocracia estuda o sistema econômico, de forma bem geral os fisiocratas defendiam que a economia se “auto regulasse”, isto é, que ela seguisse sua forma natural e não sofresse intervenção (“Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo”) e as atividades humanas deveriam ser mantidas em harmonia com as leis naturais. Por isso que os mesmos eram contra o mercantilismo, já que nesse sistema havia a intervenção do monarca. Além disso, os fisiocratas acreditavam que a melhor forma de riqueza era a terra porque a mesma dava muitos lucros e não exigia tantos investimentos, e que as outras (indústria e comércio) eram apenas meios de transformá-la e estavam submetidas à terra. Fisiocratas viam a produção de bens e serviços como consumo do excedente agrícola, uma vez que a principal fonte de energia era o músculo humano ou animal e toda a energia era derivada a partir do excedente de produção agrícola. O lucro na produção capitalista era apenas o "aluguel" obtido pelo proprietário do terreno em que a produção agrícola estava ocorrendo.
Uma importante obra, que marcou o pensamento dos fisiocratas foi o “Tableau économique”, aonde o autor Quesnay argumentou que os excedentes agrícolas, fluindo através da economia sob a forma de aluguel, salários e compras, formam o real motor econômico. Em primeiro lugar, disse Quesnay, o regulamento impede o fluxo de renda em todas as classes sociais e, portanto, o desenvolvimento econômico. Em segundo lugar, os impostos sobre as classes produtivas, tais como agricultores, devem ser reduzidos em favor de aumentos para as classes improdutivas, tais como proprietários de terras, que com sua forma de vida luxuosa, distorciam o fluxo de renda. Ainda em sua obra, Quesnay fala sobre a sociedade segundo a sua concepção que era dividida em três classes, que eram: a produtiva, estéril e de proprietários. A primeira eram quem trabalhava com a agricultura e então segundo os fisiocratas era produtiva, a segunda eram a classe estéril que