fisica
As políticas de expansão das vagas no ensino universitário esbarram na falta de preparação de uma parcela grande dos egressos do ensino médio.
Com a exceção de algumas instituições de nível elevado, inclusive internacionalmente falando, e altamente seletivas, a maioria das instituições de ensino superior recebe estudantes mal preparados e, como diz o professor Vincent Tinto, da Universidade de Syracuse nos EUA e especialista nos estudos de evasão: “O grande problema dos estudantes que ingressam nas universidades americanas não é a falta de domínio dos conteúdos, mas a dificuldade de pensar por si mesmos.”
Por causa dessa má formação dos egressos do nosso ensino médio, a grande maioria das instituições de ensino superior cada vez mais se defronta com duas alternativas: ou recusam estudantes sem formação e ficam com muitas vagas ociosas e, se forem privadas, com dificuldades para se viabilizar financeiramente; ou são forçadas a baixar o nível de dificuldade de seus cursos e/ou a criar programas de nivelamento (que se tornam indispensáveis em razão do nível do ingressante). Tais programas, dependendo de sua intensidade e duração, podem atrasar o desenvolvimento curricular dos cursos e onerar a instituição, mas ao menos fazem com que as disciplinas dos primeiros anos possam ser minimamente acompanhadas por esses alunos.
O Brasil tem proposto vários projetos para ampliar o número de estudantes no ensino superior, com a abertura de vagas públicas e programas específicos de financiamento e de inclusão. No entanto, a quantidade