Fisica
Neste capítulo, Freire(2003) retoma em sua fala dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos, num processo em que o professor e o aluno não se reduzem à condição de objeto um do outro. Insiste que "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p. 47), .
Esse raciocínio existe porque somos seres humanos e, como tal, temos consciência que somos inacabados: seria a inconclusão existencial de todo ser humano (FREIRE, 2003, p. 50). É esta consciência que nos motiva a pesquisar, conhecer e mudar "o que está condicionado, mas não determinado" (FREIRE, 2003, p.53). Passamos assim, a ser sujeito e não apenas objeto da nossa história, pois não devemos ver situações como fatalidades e sim estímulo para muda-las.
Todos devem ser respeitados pela sua autonomia, por isso uma auto-avaliação dos alunos seria um bom recurso utilizado dentro da prática pedagógica, além do cuidado com o espaço físico usado nesta. É enfático ao dizer que o respeito à autonomia e à dignidade de cada indivíduo é um imperativo e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Deixa claro que a transgressão da eticidade deve ser entendida como uma ruptura com a decência, uma transgressão à natureza humana, uma imoralidade inconcebível (FREIRE, 2003, p. 59-60).
Para chegar ao conhecimento, educadores e educandos precisam de estímulos que despertem a curiosidade e consequentemente a busca. Mas a curiosidade de um não pode inibir a do outro, devem ser complementares. E, com isso, vão se criando saberes provisórios como uma "bola de neve".
O educador, além de obter conteúdos programáticos para desenvolver de suas aulas, deve buscar didáticas que cansem e instiguem seus ouvintes, mas este cansaço deve ser ocasionado pela tentativa de acompanhar o raciocínio e não pelo desinteresse de conteúdo.