Fisica
Será por isso surpreendente notar que o nosso sucesso se deve a uma série de quase falhanços dignos de filme de suspense: somos grandes primatas, um grupo que quase se extinguiu há 15 M.a. em competição com os macacos, mais eficientes. Somos primatas, um grupo de mamíferos que quase se extinguiu há 45 M.a. em competição com os roedores, mais eficientes. Somos tetrápodes sinapsídeos, um grupo de répteis que quase se extinguiu há 200 M.a. em competição com os dinossáurios, mais eficientes. Somos descendentes de peixes com patas, que quase se extinguiram há 360 M.a., em competição com peixes de barbatanas, mais eficientes. E, por último, mas não menos espantoso, somos cordados, um grupo que sobreviveu mesmo à justa no Câmbrico, em competição com os artrópodes, brilhantemente bem sucedidos como se sabe ....
E no entanto, eis o nosso sucesso ecológico sem comparação!
Há cerca de 200 M.a., no início da era Mesozóica – a era dos répteis -, quando surgiram os primeiros dinossáurios, aparece pela primeira vez indicação da presença dos mamíferos.
Estes primeiros mamíferos, actualmente considerados descendentes de répteis terapsídeos, apenas deixaram para a posteridade pedaços de crânios, dentes e mandíbulas mas tal foi o suficiente para obter muitas informações sobre esses animais:
• eram animais pequenos, do tamanho de ratos actuais;
• apresentavam dentes afiados, logo deveriam ser carnívoros. No entanto, devido ao seu tamanho, pensa-se que se alimentariam principalmente de insectos e vermes, ovos de répteis, etc.;
• eram homeotérmicos, facto que pode ser deduzido da presença de palato (céu da boca) ósseo a separar a boca do nariz nos crânios. Esta