finaças solidarias

A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE OBTENÇÃO DE
RECURSOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS BANCOS COMUNITÁRIOS

Yara Mendes Cordeiro Araújo
Universidade Estadual de Montes Claros/MG - Unimontes [e-mail] Luciene Rodrigues
Universidade Estadual de Montes Claros/MG - Unimontes [e-mail] Introdução
A emergência e florescimento de variadas experiências de economia solidária em diversas partes do mundo têm suscitado o interesse de diversos segmentos sociais, entre eles pesquisadores, para melhor compreensão de práticas locais de empreendimentos solidários. O debate em torno da temática da economia solidária no
Brasil é relativamente recente e tem se intensificado, sobretudo nas últimas décadas, com a crise da sociedade salarial e com as transformações no mercado de trabalho.
Nesse contexto, florescem iniciativas de empreendedorismo social, como reação ao processo de redução relativa do emprego formal ou de barreiras à entrada de determinados segmentos da população ao mercado formal, desencadeando uma expansão de novas formas de produção e de organização do trabalho.
A economia solidária desponta, sobretudo no final no século XX, pela sua capacidade de articulação e mobilização em torno de causas e princípios humanos, éticos, ambientais e sociais, por meio de valores como cooperação, compartilhamento, participação, democracia, reciprocidade, confiança, horizontalidade, dentre outros.
Nesse sentido, a verificação do potencial dessas experiências coletivas coloca-se como um desafio à reflexão acadêmica. Conforme Santos (2005) cabe à academia propiciar uma melhor compreensão desse fenômeno, podendo fornecer elementos para a postulação e o exercício de políticas mais condizentes com a busca do interesse social. Palavras hoje revigoradas como local, comunitário, associativismo e redes evidenciam mudanças nos enfoques analíticos e na pauta política (SINGER,
2005). Entretanto, essa aposta no potencial de pequenas experiências coloca