Finanças
A revista da Fundação Procon-SP • nº 22
Editorial
O Procon do futuro aros leitores, neste ano o Procon-SP comemora trinta e cinco anos, trajetória iniciada em 6 de junho de 1976, com a criação do Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor. Talvez nem mesmo os precursores desta história – visionários sem dúvida alguma – vislumbrassem naquele momento, quando da formação do grupo incumbido de estudar as relações de consumo, a dimensão que tomaria seu trabalho. A defesa do consumidor elevada à condição de direito e garantia fundamental pela Constituição de 1988; a edição de uma lei moderna e inovadora disciplinando as relações entre consumidores e fornecedores, nosso Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90); o Procon-SP como um dos protagonistas de todo esse processo, consolidando-se como uma verdadeira marca, sinônimo de respeito e credibilidade, conquistando a confiança não apenas dos consumidores, mas também de fornecedores e instituições públicas e privadas. Por tudo isso, os 35 anos de existência do Procon-SP, merecem ser celebrados. O dia 6 de maio foi, assim, comemorado com o lançamento do Banco de Dados de Recall, que reúne o histórico de todas as campanhas de chamamento realizadas desde 2002 envolvendo produtos e serviços. Porém, mais do que merecida, a celebração é também necessária, pois ao mesmo tempo que nos leva a revisitar fatos importantes dessa história, provoca-nos a refletir quanto ao futuro da proteção do consumidor e da própria instituição. O mundo mudou; o consumidor mudou. Mudaram seus hábitos; suas necessidades. Questões outrora menos faladas, como consumo sustentável, ou até mesmo desconhecidas como comércio eletrônico e proteção de dados, crédito e superendividamento, tornaram-se preocupações recorrentes e é inexorável que, assim como elas, novas demandas surjam numa velocidade cada vez maior. O Procon-SP deve estar atento a essas transformações, antevê-las, acompanhá-las e dar as respostas que a