Finanças
Faculdade Lourenço Filho
FINANÇAS
FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UMA INTRODUÇÃO
Resumo do Trabalho
Dentre as principais questões que vêm sendo debatidas em Finanças está a validade das premissas assumidas por suas teorias mais tradicionais, em particular a da racionalidade dos agentes econômicos. Neste contexto, surgiram diversos trabalhos com objetivo de aprimorar os modelos teóricos dominantes, incorporando aspectos comportamentais antes desconsiderados. Estas linhas de pesquisa deram origem a um novo e promissor campo de estudo denominado de Finanças Comportamentais. O notável crescimento desta abordagem não ortodoxa tem sido motivado, em especial, pela tentativa de explicação satisfatória de uma gama de fenômenos regularmente observados nos mercados financeiros e incompatíveis com as predições dos modelos tradicionais. Este ensaio apresenta uma introdução sucinta aos conceitos fundamentais da área de finanças comportamentais e comenta duas aplicações pioneiras que incorporam dois dos vieses cognitivos mais bem documentados – otimismo e confiança excessiva – na tentativa de construção de um novo paradigma teórico.
Palavra- chave: finanças comportamentais, teoria da perspectiva, aplicações de modelos comportamentais em finanças.
FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UMA INTRODUÇÃO
As teorias tradicionais de Finanças, em sua quase totalidade, foram construídas a partir de uma abordagem microeconômica neoclássica cujo paradigma central é a racionalidade dos agentes econômicos. Mais especificamente, assume-se que os indivíduos que atuam nos mercados financeiros são capazes de atualizar corretamente suas crenças após receberem novas informações e que suas decisões são consistentes com o conceito de Utilidade Esperada
Subjetiva como apresentado por Savage (1964) – ver Thaler e Barberis (2003).
O paradigma tradicional possui a significativa vantagem da simplicidade e facilidade de modelagem do