Filtração lenta e rapida
DEFINIÇÃO - A filtração é um processo físico em que a água atravessa uma camada de material filtrante, normalmente areia, combinada ou não com seixo e carvão, com objetivo de reter as partículas em suspensão que não sofreram decantação. Existem dois tipos de processo: filtro lento e filtro rápido. O processo lento é mais rígido em termos de projeto, com poucas alternativas. O rápido, entretanto, apresenta diversas alternativas para os projetistas poderem dimensionar, gerando um grande leque de opções de eficiência. Embora se tenha, atualmente, um grande desenvolvimento da técnica de filtros rápidos, é ainda de grande utilidade, principalmente para as pequenas cidades do interior do Brasil, o emprego de filtros lentos de areia para o tratamento das águas de abastecimento. Sua vantagens sobre a filtração rápida são as seguintes:
Evitam, geralmente, o emprego de produtos químicos;
Não necessitam de energia elétrica (exceto em caso de recalques);
Pode-se obter água de característica menos corrosivas;
Os equipamentos e aparelhos empregados são mais simples;
Exigem operação mais simples.
Entretanto, apresentam alguns inconvenientes que limitam o seu emprego mas que, dependendo das características locais, podem ser compensados. Entre estes pode-se citar:
Exigem área relativamente grande para as instalações;
São pouco eficientes para a redução da cor (reduzem de 20 a 50% apenas);
Têm pequena flexibilidade para se adaptar às demandas de emergência;
Apresentam resultados muito pobres quando a soma da cor mais a turbidez da água a ser tratada apresenta um valor superior a 40 ppm.
Um filtro pode funcionar satisfatoriamente com águas contendo até os limites máximos: 10 ppm de matéria suspensa e, 2000 bactérias por ml. A prova mais concreta da eficiência da filtração lenta em remover microrganismos ocorreu em 1892, através da experiência vivenciada por 2 comunidades vizinhas, Hamburgo e Altona (Alemanha) que utilizavam águas do rio Elba.