Filosofia
A Patrística é a filosofia dos Padres da Igreja, surgida na decadência do Império Romano e tinha por objetivo converter os pagãos, combater as heresias e justificar a fé. Através desta filosofia se dá a aliança entre a fé e a razão, sendo que a razão é auxiliar da fé e a ela é subordinada.
Inicialmente os padres recorrem à filosofia platônica através do neoplatonismo de Plotino (240-270) e procuram com isso realizar uma síntese com a doutrina cristã.
O grande representante desta filosofia é Agostinho de Hipona. Agostinho retoma a dicotomia do pensamento platônico “mundo sensível e mundo das idéias”, entretanto substitui este pelas idéias divinas. Conforme a teoria da iluminação, recebemos de Deus o conhecimento das verdades eternas, como o sol, Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto.
Agostinho
Seu verdadeiro nome é Aureliano Agostinho (354-430). Nasceu em Tragaste, província romana ao sul da África. Faleceu na cidade de Hipona, onde foi bispo.
Até 32 anos, Agostinho não era cristão, e tinha uma vida voltada para os prazeres mundanos. Foi professor de Retórica em escolas romanas. Despertou para a filosofia lendo Cícero. Conheceu várias doutrinas do seu tempo, como maniqueísmo, ceticismo, neoplatonismo etc. Em plena crise existencial, conheceu santo Ambrósio, ouvindo-o através de um Sermão, o que o leva a converter-se ao cristianismo.
Doutrinas:
1. Superioridade da alma sobre o corpo. Conforme Agostinho, Deus criou a alma para ser superior ao corpo, para dirigi-lo na prática do bem. Entretendo o homem pecador, utilizando-se do livre arbítrio, inverte esta relação, fazendo o corpo assumir comando da alma. Com isso é provoca a submissão do espírito à matéria, o que equivale à subordinação do eterno ao transitório, da essência à aparência. Segundo o filósofo, a verdadeira liberdade estaria na harmonia das ações humanas à vontade de Deus. Ser livre é servir a Deus 2. A Graça. De acordo com Santo Agostinho, o homem que trilha