Filosofia
A linguagem está sempre à nossa volta, sempre pronta a envolver nossos
pensamentos e sentimentos, acompanhando-nos em toda a nossa vida. Ela não é um
simples acompanhamento do pensamento, é o tesouro da memória e a consciência
vigilante transmitida de geração a geração.
Para Aristóteles, a linguagem é instrumento do pensamento e tem como função
representar as coisas. As coisas passam a existir, diz Aristóteles, à medida que a
nomeamos. De acordo com ele, a linguagem é natural na sua função e convencional na
sua origem, ela está presente na natureza humana no seu aspecto funcional de
representar as coisas para instrumentalizar o pensamento; e no aspecto de sua origem,
ela é convencional.
No período moderno da história do pensamento, a origem da linguagem é natural e é a
expressão de um povo. Isto é, a natureza e a expressão humana são fontes da origem da
linguagem. A linguagem está assim tão presente na vida do ser humano que o coloca em
situação de transcendência com relação aos demais seres do mundo envolvente.
Rousseau diz que: “A palavra distingue os homens e os animais; a linguagem distingue
as nações entre si. Não se sabe de onde é um homem antes que ele tenha falado”.
um lingüista afirma que “a linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os
seus atos”, sendo, o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus
sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças
ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana.
A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo
cultural, pois é ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em
que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do
resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência.
Platão considerava que a linguagem pode ser um medicamento ou um remédio para o
conhecimento, pois, pelo