Filosofia
A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1,2 bilhão de habitantes, e a décima maior economia. Apesar de ser uma economia emergente, como o Brasil, apresenta altos índices de pobreza, analfabetismo, corrupção e doenças.
Os protestos contra o estupro expuseram, para o mundo, outro problema crônico no país asiático: a violência contra a mulher. Os crimes dessa natureza são vistos como resultado de uma cultura patriarcal, machista e conservadora.
Mulheres e meninas ainda são vendidas, se casam com apenas 10 anos de idade, são queimadas vivas em disputas de dotes entre famílias, exploradas e abusadas em trabalhos domésticos escravos, de acordo com o relato de ativistas. Há ainda altas taxas de abortos e infanticídios, em razão da preferência das famílias por crianças do sexo masculino.
O que espanta é o fato de tudo isso acontecer em uma democracia moderna, na qual as mulheres têm acesso à educação e ao mercado de trabalho, além de serem lideranças empresariais e políticas.
Ranking
De acordo com uma pesquisa da fundação TrustLaw, a Índia é a pior nação entre os G20 para se ser mulher. O levantamento, divulgado em 2011, levou em conta quesitos como políticas de igualdade, proteção e acesso à saúde.
CRIANÇAS
O problema para as crianças vai além da exposição à guerra e à violência. Muitas delas enfrentam abusos e privações diariamente, geralmente pelas mãos daqueles de quem dependem para comer e viver. As ameaças continuam variando, de formas de escravidão à exploração sexual.
Um relatório publicado esta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por exemplo, destaca o amplo uso do trabalho infantil em ambientes domésticos. Estima-se que 10,5 milhões de crianças trabalhadoras, quase a metade com menos de 14 anos, são usadas para o trabalho doméstico, segundo o relatório. Enquanto muitas crianças são raptadas e forçadas à servidão, em muitos casos, os pais simplesmente enviam seus filhos para trabalhar