Filosofia

1392 palavras 6 páginas
As Cartas de Schiller sobre a Educação Estética

O autor das “Cartas sobre a Educação Estética da Humanidade”, transmite, nesta sua obra, um depoimento da sua própria vivência e inteligência, dando forma à sua interpretação do mundo humano, apontando o rumo para uma nova humanidade, através de um estado estético que ele designou por “Terceiro Caráter”. Schiller mostra inequivocamente o seu entusiasmo pelo belo e pela arte, que ele relaciona intimamente com a felicidade e com a política, defendendo a posse da cultura pelo homem, já que só ela o pode encher na sua totalidade e, assim, se enobrecendo, atingirá a liberdade plena, em êxtase de maravilha estética. Schiller considera que a necessidade material é um mal social, que destrói, sistematicamente, os povos e a sua liberdade, pelo que a sua ascensão ao mundo das ideias e à razão levá-los-ia a abandonar a realidade objectiva. Ele defende que é necessário conseguir-se a harmonia dos indistintos e das forças, que congregam a totalidade do carácter, por isso, entende que a liberdade provém da cultura estética, que existe pela união do impulso objectivo e do impulso formal, na unidade das ideias, que tem a sua base no impulso do jogo do homem, que o leva assim a tornar-se homem completo pela união da razão e da sensibilidade.
Nas suas primeiras cartas é aglutinante o tratamento de uma certa filosofia de estado, o qual é para Schiller aquele em que o homem é natureza, interessando o estado que insere o homem como um ser moral. É pela mediação entre estes dois estados que surge o Estado Estético que provém da transformação do homem físico em homem moral, através do “Terceiro Caráter”. É interessante sublinhar que neste último estado, admitido por Schiller, o comportamento moral é natureza e os impulsos naturais concordam com a razão. O autor pretende que o estado deve ter como objectivo fundamental a unidade, não desprezando, no entanto, a multiplicidade, devendo procurar estabelecer um reino de moral, sem

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