filosofia
É fundamental olharmos para a Identidade Cultural Surda dentro de um contexto multicultural, onde a identidade é algo em questão, em construção, uma construção móvel que pode frequentemente ser transformada ou estar em movimento, e que empurra o sujeito em diferentes posições. PERLIN (1998: 52) É evidente que as identidades surdas assumem formas multifacetadas em vista das fragmentações a que estão sujeitas, face à presença do poder ouvintista que lhes impõem regras, inclusive, encontrando no estereótipo surdo uma resposta para a negação da representação da identidade surda ao sujeito surdo.
De acordo com apresentação didática da Identidade Surda, podemos analisar três dos elementos mais importantes.
Quanto a ORIGEM:
1) Surdo – filho de pais surdos;
2) Surdo – filho de pais ouvintes;
3) Ouvinte – filho de pais surdos;
Quanto aos FATORES:
1) O surdo precisa ser exposto à cultura surda para desenvolver sua linguagem e compor sua identidade.
2) Participação nas atividades construtoras;
3) Movimentos surdos – a dinâmica da comunidade;
4) Conhecimento das leis e políticas de inclusão e da ética;
Quanto a CLASSIFICAÇÃO:
Identidade Surda ou Política: Pessoa com identidade surda plena. É geralmente filho de pais surdos (LIBRAS Nativa) e se aceita como surdo. Luta pelos direitos e pela inclusão na sociedade. Não se esconde, mas se deixa expor naturalmente.
Híbrida: Nasce ouvinte e posteriormente torna-se surdo. Conhece a língua portuguesa falada e escrita. Mais tarde conhece a cultura surda e a Libras. Mantêm relação amigável com ambas as culturas.
Flutuante: Tem dificuldade de identificação em um grupo definido, não sabe se fica com os surdos ou com os ouvintes. Quando em meio aos ouvintes disfarça a surdez e quando em meio aos surdos procura ser como eles.
Embaçada: Apresenta alto índice de desinformação, dificuldade de aprendizado, não conhece a Libras e nem o Português, por isso, tem alta limitação de comunicação com ambas as