5 O presente artigo tem por finalidade fazer uma analise do primeiro capitulo do livro de Lidia Maria Rodrigo, Filosofia em Sala de aula teoria e prtica para o ensino mdio, mais especificamente o primeiro tpico deste capitulo, que trata da necessidade de um novo estatuto disciplinar. Rodrigo num primeiro momento faz um levantamento breve de como se deu a insero do ensino de filosofia nos currculos escolares do Brasil ressaltando a grande dificuldade encontrada pelo ensino de filosofia, de estabelecer-se nos currculos, tambm a importncia de se rever e elaborar meios para o ensino de filosofia, que atenda a dinmica das escolas de massa sem perder a sua finalidade. A autora relata que a reforma do ensino de 1 e 2 graus promovida pela lei n 5.692 de 1971, as prioridades foram dadas para disciplinas tcnico profissionalizantes, incluindo a filosofia entre as disciplinas optativas, automaticamente essa iniciativa levou a um retrocesso do ensino de filosofia no secundrio. Para elucidar a situao Rodrigo utiliza dados apresentados por Marilena Chau. ... na 29 Reunio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC) em 1921 de um total de 250 colgios de So Paulo, apenas 17 mantiveram a filosofia. A situao atingiu seu ponto mais critico em 1978 quando foi eliminada do ensino secundrio. O que levou professores e estudante lutarem para que a disciplina voltasse ao ensino secundrio, mas s na dcada de 1980 que conseguiram obter algum resultado, como a volta da filosofia nas redes estaduais, porm ofertada como optativa. Rodrigo observa que durante o perodo em que a filosofia ficou distante das escolas em 1971 o ensino secundrio passou por grandes reformas, entre elas, a massificao do ensino mdio que ampliou sua rea de atuao, atendendo as classes menos privilegiadas que no tinham acesso a esse ensino. Essa expanso veio atrelada a uma diminuio da qualidade de ensino, que foi atribuda por muitos chegada das classes populares a esse patamar, pois acreditam que impossvel