Filosofia
Cultura Geral. Este ensino compreendia o estudo da Aritmética, Geometria, Astronomia e Música. Estas matérias remontavam a um modelo de educação pitagórico, vindo a constituir mais tarde, na Idade Média, o célebre Quadrivium das sete Artes Liberais.
Formação Política. Este ensino orientava-se para uma visão mais prática, procurando corresponder às exigências estritas da atividade política. Constava das seguintes disciplinas: Gramática, Dialética e Retórica. A arte da dialética, transforma-se numa arte de manipulação de idéias, através da qual o orador procura defender uma dada posição, mesmo que a mesma seja a pior de todas. A retórica era a arte de persuadir, independentemente das razões adotadas. Levado até ao exagero, este tipo de ensino, desacreditará os sofistas na Antiguidade Clássica.
Os sofistas defendem abertamente o valor formativo da cultura (Padeia), que não se resume à soma de noções, nem tão pouco ao processo da sua aquisição. A sua educação visa a formação do homem como um ser concreto, membro de um povo e parte de um dado ambiente social. A educação torna-se a segunda natureza do homem.
Deste modo, os sofistas afastam-se da tradição aristocrática, ligada à afirmação de fatores inatos. Os sofistas manifestam frequentemente uma visão otimista do homem, segundo a qual este possui uma inclinação natural para o bem. Protágoras foi um defensor desta posição.Os sofistas, sequiosos de conquistar fama e riqueza no mundo, tornaram-se mestres de eloqüência, de retórica, ensinando aos homens ávidos de poder político a maneira de consegui-lo. Diversamente dos filósofos gregos em geral, o ensinamento dos sofistas não era ideal, desinteressado, mas sobejamente retribuído. O conteúdo desse ensino abraçava todo o saber, a cultura, uma enciclopédia, não para si mesma, mas como meio para fins práticos e empíricos e, portanto, superficial.