Filosofia
A terceira dimensão no cinema se deve ao inventor Sebastião Comparato, um italiano chegado ao Brasil com seis meses idade e cujo maior orgulho era atribuir a invenção ao nosso país. Dois anos depois, já com patentes internacionais, Sebastião fez suas apresentações no Rio. Dezessete anos após essa exibição carioca, no antigo cinema metrópole, a 3D é anunciada, com estardalhaço, como ultima novidade norte-americana. Sebastião Comparato amargurado fecha o seu laboratório e não quer mais ouvir falar em cinema. Comparato Produziu vários filmes de curta-metragem e inventou também um sistema de filme ao ar livre, mostrado ao público no começo da década de 30, na Praça da Sé.Apesar da relatividade notoriedade que conseguiu na época,seus filmes e seus inventos não conseguiram inscrevê-lo na história do cinema brasileiro. Nem sequer os raros pesquisadores do cinema paulista registraram o trabalho pioneiro de Sebastião Comparato. Ele empregou grande parte de sua vida para inventar a terceira dimensão, ao mesmo tempo em que a queria como uma invenção brasileira, recusando por isso um convite para ir trabalhar nos Estados Unidos. No início dos anos 50, a televisão já causara grandes danos ao cinema nos Estados Unidos, embora no Brasil as casas exibidoras ainda estivessem em pleno apogeu. Foi nessa época que a terceira dimensão, um dos recursos que a indústria cinematográfica começava a usar para fazer frente à TV, chegou ao Brasil como invenção norte-americana.
O primeiro filme em três dimensões foi "The Power of Love" (1922) sobre uma mulher que é prometida a um homem que não ama para salvar o pai da bancarrota. A década de 50 ficou marcada nos Estados Unidos pela invasão dos aparelhos de televisão nos lares americanos. As pessoas sumiram das salas de cinema para se aconchegarem no sofá de casa. Em pânico, os produtores dos estúdios decidiram criar algo para fazer o público voltar às salas de projeção. Surgia a técnica Naturalvision, que consistia em uma imagem anáglifa