Filosofia
1. Se fizermos um paralelo entre Sócrates e a própria filosofia, chegaremos a conclusão de que o lugar da filosofia é também na praça pública, daí a sua vocação política. Por ser alteradora da ordem, perturba e incomoda e é sempre “expulsa da cidade”, mesmo quando as pessoas se riem do filósofo ou o consideram simplesmente inútil. Por via das dúvidas, o amordaçam, “cortam o mal pela raiz” e até retiram a filosofia das escolas, como acontece em época de ditadura. Mas há outras formas de “matar” a filosofia: quando tornamos pensamento dogmático e discurso do poder, ou, ainda, quando cinicamente reabilitamos Sócrates morto, já que então se tornou inofensivo.
2. A filosofia radical não está no sentido corriqueiro de ser inflexível (nesse caso seria a antifilosofia), mas na medida em que busca explicitar os conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir.
A filosofia de vida não leva as conclusões até as últimas consequências, nem sempre examinando os fundamentos dela, o filosofo deve dispor de um método claramente explicitado a fim de proceder com rigor.
3. A filosofia esta presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos desse conhecimento e desse agir, a visão filosófica é de conjunto, ou seja, o problema nunca é examinado de modo parcial, mas sempre relacionando cada aspecto com os outros do contexto em que está inserido. A filosofia faz juízo do valor, porque o filosofo parte da experiência vivida e vai além dessa constatação, não vê apenas como é, mas como deveria ser, julga o valor do conhecimento e da ação, sai em busca do significado: filosofar é dar sentido à experiência.
A ciência trabalha com juízo de realidade, já que de uma forma ou de outra pretende mostrar como os fenômenos ocorrem, quais as suas relações, consequências e como prevê-los. A ciência tende cada vez mais para a especialização.
4. O professor Dermeval Saviani conceitua a filosofia como uma reflexão radical, rigorosa e de