Filosofia
- É nas situações particulares, que o homem tem experiência da liberdade. O homem concreto, identificável pelo nome e pelo rosto, vivencia situações, concretas também, e é nelas que sente o que é ser livre e se apercebe dos obstáculos que se opõem à realização daquilo que deseja.
- Baseados na existência de uma enorme multiplicidade de factores condicionantes da acção humana, alguns filósofos negaram a existência da liberdade humana. As As nossas acções são sempre determinadas por causas que nos transcendem e sobre as quais não temos qualquer poder. A liberdade é pois uma ilusão. Não sou eu que escolho, mas um conjunto de circunstâncias que escolhem por mim.
Apesar de reconhecermos todas estas influências, temos igualmente que admitir que o homem possui sempre alguma margem de liberdade nas suas acções. Não podemos pois falar de actos mecânicos de resposta a estímulos, mas de acções livres. As suas decisões implicam quase sempre escolhas entre uma multiplicidade de opções possíveis.
As nossas decisões são pois indissociáveis da nossa liberdade, assim como da responsabilidade moral ou jurídica das suas consequências.
- O Homem é livre no seu querer e actuar, mas ele não é absolutamente livre sem limites e restrições. A compreender assim a liberdade, a essência do homem, tal como a experimentamos na nossa existência concreta, teria de ser redefinida. Nós experimentamos mais frequentemente os limites e as restrições da nossa liberdade. O que é que queremos dizer com isto?
Por limitação da liberdade entendemos factos que põem limites à liberdade da nossa decisão, para lá dos quais a liberdade é eliminada ou, pelo menos, restringida. Cada um vive numa situação única concreta da sua existência. Cada qual traz consigo, como herança, determinadas aptidões espirituais e corporais; desde a infância está marcado pelo meio que o rodeia, pelas influências de educação, pelo ambiente espiritual ético, religioso e ideológico em que se