filosofia
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A partir do final do segundo milênio, estamos passando por uma mudança de paradigmas, por uma mutação histórica de modelo que começou com a industrialização e urbanização e culmina na atual era da informação e do consumo. Essas transformações se fazem sentir de maneira profunda no modo de vida da sociedade tradicional, cujos valores arraigados demoram muito tempo para serem alterados. Agora, na era da globalização, tudo fui rapidamente, com a concomitante mudança dos costumes e uma diversificação numa vista dos modos de vida das crenças e dos papéis desempenhados pelos indivíduos da família, no trabalho, em todas as esferas do comportamento humano.
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A dicotomia corpo-alma já aparece no pensamento grego no século V a. C., com Platão, que parte do pressuposto de que a alma, antes de se encarnar, teria vivido no mundo das ideias, onde tudo conhece por simples intuição, ou seja, por conhecimento intelectual direto e imediato, sem precisar usar os sentidos. Quando – por necessidade natural ou expiação de culpa – a alma se une ao corpo, ela se degrada, por se tornar prisioneira dele. A alma humana passa então a se compor de duas partes, uma superior (a alma intelectiva) e outra inferior (a alma do corpo). Esta última é irracional e se acha, por sua vez, dividida em duas partes: a irascível, impulsiva, localizada no peito; e a concupiscível, centrada no ventre e voltada para os desejos de bens materiais e apetite sexual.
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Santo Agostinho na alta idade média, ao examinar a relação corpo-alma, afirma que eles constituem uma unidade, embora a alma seja imortal e o corpo, a sua dimensão terrena e mortal. Pelo livre-arbítrio, e auxiliado pela graça divina, o ser humano consegue evitar o mal, porque a alma pode governar o corpo. No entanto, também por ser livre, a pessoa pode eleger o mal, isto é, pecar, nesse sentido, o pecado é a