Filosofia
O realismo sustenta que as leis da natureza realmente existem e que sua existência é independente da nossa atividade intelectual. Por outro lado, o anti realismo assevera que as referidas leis não existem realmente ou que sua existência é fruto do labor da nossa mente.
A opção por seguir a corrente realista ou a anti realista, implica em analisar se as leis da natureza tem juizos normativos ou descritivos.
No meu sentir, as denominadas leis da natureza não são normativas, mas sim descritivas, eis que descrevem a natureza das coisas.
Não se pode, portanto, pensar que há alguém que legisla literalmente sobre o mundo, fazendo-o se comportar desta ou daquela maneira. Trata-se da uma forma equivocada de entender as leis da natureza. A realidade comporta-se de determinada maneira e não de outra por razões intrínsecas à sua essência. Por conta de se comportar de maneira regular, inventam “leis” que a descrevem com muito rigor e passam a fazer previsões muito precisas. Mas não se deve pensar que tais leis são uma espécie de mandamentos divinos. Ao que se costuma chamar de leis, seria mais correto chamar descrições, muitas das quais passíveis de ser matematicamente quantificadas.
Baseado nessas premissas, concluímos que a natureza não é, de fato, governada por leis e que a crença que se desenvolve neste sentido é movida pelo desejo de "ver as coisas em outra ordem"