Filosofia
1.1. A rede conceptual da ação
Ação é uma interferência consciente e voluntária do ser humano (o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência decorreriam de um modo diferente. Deste modo a ação supõe a existência de um agente, de motivações, de intenções e de uma vontade para concretizar a ação.
Todos nós temos um conjunto de necessidades básicas, cuja satisfação é indispensável à nossa sobrevivência. Deste modo, todos os seres humanos encontram diversas formas para satisfazer essas diferentes necessidades (“atividade inventiva”).
A esta “atividade inventiva” damos o nome de ação. É através dela que o ser humano interage com o mundo em que vive, transformando-o de acordo com as suas necessidades, e se molda também a si mesmo, construindo-se assim como ser humano.
O agente, ou sujeito da ação deve ser capaz de reconhecer-se a si mesmo como autor da ação:
-Com consciência (perceção de si como autor da ação)
-Com uma intenção (definição do propósito da ação)
-Com um motivo (porquê da ação)
-Dotado de livre arbítrio ou vontade (capacidade de opção)
O agente da ação
Porque é que o sujeito A praticou tal ação?
A intenção
Aquilo que nos propomos realizar, o que está no nosso intento fazer. Traduz, por isso aquilo que o agente quer fazer, atingir ou obter. É uma antecipação da ação, acarretando desse modo uma escolha e um planeamento prévio (conceção, deliberação e decisão). Deste modo, o ser humano tem sempre um agir intencional, o que nos permite clarificar os motivos da ação.
O motivo e o desejo
Quando queremos esclarecer as intenções, do que leva ao agir pergunta-mos:
A necessidade diz respeito a aspetos básicos de conduta, a condições exigidas para que o ser humano não corra riscos e preserve a sua sobrevivência