filosofia

Disciplina: Antropologia Filosófica I

01- Na grécia antiga o homem era visto a partir de uma visão cosmocêntrica. Pela filosofia cristã, o homem era visto através de uma visão teocêntrica. E, finalmente, pela filosofia moderna e contemporânea, através de uma perspectiva antropocêntrica, ou seja, o homem se colocando como o centro do Universo. Essa nova visão trouxe grandes avanços para a humanidade, mas, ao mesmo tempo, causou uma destituição do ser humano. Hoje a situação não é grave porque temos que lidar unicamente com a ameaça da destruição dos nossos recursos mais vitais, ou seja, a água, o ar, as espécies vegetais e animais. O momento se tornou grave porque o homem está esquecendo a riqueza do que pode significar ser um ser humano. E isso justamente acontece por conta dessa busca desenfreada pelo poder sobre as coisas e sobre a sua própria espécie.
Descartes, filósofo que começou a Modernidade, reifica o mundo no sentido epistemológico, o que trouxe ao mundo conseqüências dramáticas. Assim como afirma o pensador contemporâneo Miroslav Milovic,a s conseqüências deixadas por Descartes, e, posteriormente criticadas por Husserl, é de que a vida a vida perdeu o seu papel constitutivo. Um exemplo disso é que hoje a clonagem científica está tomando conta, demonstrando que a reprodução da vida está ligada à ciência e não mais a própria vida, ou seja, a vida está nas mãos da ciência moderna.
É por tudo isso que pode-se afirmar que essa destituição do ser humano é uma das formas da banalidade do mal, ou seja, essa inversão de pensamentos, de valores, de princípios já é banal, já não chama a atenção dos indivíduos. Só basta saber onde tudo isso levará o ser humano.

02 – No decorrer da história o homem foi sendo interpretado de diferentes modos de acordo com as características do pensamento vigente em cada momento. Na antiguidade, momento em que o pensamento centrava-se em torno do cosmos, ou seja, do mundo, da natureza, o homem era encarado em conexão com esta