Considerando o crescimento, a qualidade da literatura na área da Educação Física (Oliveira 1983, Bracht 1985, Santin 1987, Kunz 1991, Tubino 1992, Freire 2003), entre tantos, percebe-se a evolução contínua da área, conforme Freire (2001, p. 19) comenta "... a Educação Física não é, ela está sendo construída a cada instante, e ainda bem". Questionamentos referentes ao seu papel na sociedade, qual seu objeto de estudo? O que é Educação Física e para quê? Tem servido como temas para discussões em debates, estudos, enfim, local onde haja pessoas interessadas no desenvolvimento da disciplina. Assim como na educação em geral percebemos que o foco de ensino deixou de ser somente o desenvolvimento do raciocínio lógico ou a memorização de fórmulas e informações, na Educação Física as mudanças de ponto de vista também acontecem, comprovando a dinâmica da área. Citamos como exemplo o fato de vários profissionais refletirem sobre os aspectos negativos da supervalorização do esporte competitivo (TUBINO, 1992). Relegada a um segundo plano, a Educação Física praticada nas escolas carece de uma reflexão mais aprofundada. O professor tem geralmente sua atuação restrita a desenvolver a aptidão física dos alunos e a ensinar os fundamentos técnico-tático dos esportes (OLIVEIRA, 1986). É discutível o fato de tais atividades serem de responsabilidade do professor de Educação Física, entretanto, este profissional em sua ação pedagógica precisa encontrar caminhos que apontem a descoberta de valores mais amplos para serem inseridos no planejamento dos objetivos da Educação Física escolar. As contradições existentes no sistema educacional resultam em grande parte, devido ao distanciamento que há entre a teoria e a prática. Conforme Medina (1989), os professores apresentam dificuldade em perceber a importância da relação do processo de reflexão em comunhão com as nossas ações. Segundo Betti (1991) não há neutralidade no conteúdo da Educação Física, assim como de