Filosofia
Todos sabem que os primeiros filósofos da humanidade foram gregos. Isso significa dizer que embora tenhamos conhecimento de sábios na China (Confúcio, Lao Tsé), na Índia (Buda) e na Pérsia (Zaratustra), suas teorias permanecem intimamente ligadas à religião e, portanto não as classificaremos como reflexão filosófica.
Analisaremos alguns tópicos acerca do advento da Filosofia na Grécia antiga, a começar pela concepção mítica, a qual fornecia uma explicação categórica – e pouco racional – acerca do Cosmos.
O Mito
O mito – em grego mýthos – significa discurso, narrativa, mensagem, conselho, prescrição. E por isto, num primeiro momento, o ‘mýthos’ será empregado para referir-se a narrativas ou relatos fabulosos, portanto, com o sentido de fábula. Aos poucos ‘mýthos’ passa a significar o lendário e irreal, ficção, relato não histórico.
Com esta concepção, ‘mýthos’ se opõe ao sentido de ‘lógos’. O mito havia se bifurcado na sociedade grega, estava impregnado no pensamento do homem grego, por causa da tradição que era passada oralmente por aedos e rapsodos, cantores ambulantes que recitavam os mitos em praça pública (ágora). A verdade proposta pelo mito, é uma verdade intuída. Totalmente diferente daquela verdade à qual nos acostumamos, que é a verdade conseguida por meio do rigor do método e de um discurso racional e claro.
É no meio desta confusão criada pelo mito que nasce a Filosofia. Quando analisamos este momento inicial da preocupação do homem com o conhecimento daquilo que o cerca, podemos pensar que as teorias propostas pelos famosos “filósofos pré-socráticos” são absurdos e – por várias vezes – engraçadas.
É bom que notemos o quão importante são estas teorias e o momento em si, pois a nossa moderna ciência e nossos métodos rigorosos e céticos começaram a se desenvolver justamente neste período.
Agora que já traçamos um panorama do mito, surge a pergunta : O que nos propõe a Filosofia?
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