Filosofia
Para os propósitos deste livro, confinar-nos-emos quase exclusivamente à filosofia ocidental, essa admirável tradição que começou na Grécia no século VII a.C. Há uma boa razão para esta opção. A filosofia da tradição ocidental é um tipo de projecto muito diferente da filosofia oriental. Numa próxima secção daremos alguns conselhos sobre como ser apropriadamente evasivo acerca de temas como a Meditação, o Budismo, a Religião Indiana, as Pessoas com Cabeças Rapadas e Túnicas Amarelas Imundas, e outras ameaças sociais do género.
Portanto, esta secção contém factos mais ou menos interessantes sobre alguns filósofos mais ou menos famosos, factos esses de natureza tanto biográfica como filosófica, dispostos de maneira mais ou menos cronológica.
Os primeiros filósofos gregos são geralmente conhecidos por pré-socráticos, apesar de isto ser enganador: nem todos viveram antes de Sócrates, e, em qualquer caso, não constituíram uma escola coerente; na verdade, a maioria deles não constituíram sequer indivíduos coerentes.
Ninguém sabe por que começou a filosofia quando começou; o especialista instantâneo ambicioso com inclinações marxistas pode tentar oferecer uma explicação em termos de uma dialéctica inexorável de forças históricas, mas nós não o recomendamos. Uma característica notável de muitos pré-socráticos é a sua tentativa de reduzir os constituintes materiais do Universo a uma ou mais Substâncias básicas, tais como a Terra, o Ar, o Fogo, as Sardinhas, os Gorros de Lã Velhos, etc.
Tales de Mileto (c. 620-550 a.C.) foi o primeiro filósofo reconhecido. Poderão ter existido outros antes dele,