Filosofia e Historia da Arte
1972 palavras
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1. Explicar a teoria da arte como imitação de Xenofonte. Ernesto Grassi relata que antes de Platão fora Xenofonte o autor que teria formado uma melhor teoria do belo e da arte. Ao interpretar dois trechos do “Simpósio” de Xenofonte, Grassi diz que cabe a belo um significado ontológico, isto é, o belo exerce uma potência formadora da realidade, do ser, possibilita a manifestação do Ser, da multiplicidade da existência o que pode ser representado, em parte pelo artista. Justamente por representar em parte os dados da realidade, o artista é comparado por Xenofonte, no processo da mimesis, ao artesão, que não goza de potência criadora, pois apenas imita a vigência criativa da natureza. Além disso, nos próprios fragmentos de Xenofonte, o filósofo explica que "o escultor deve representar no aspecto exterior a atividade do espírito", isto é, com esse conceito o filósofo introduz em sua teoria da arte a necessidade de a imitação ser verossímil, semelhante à "verdade" do que se pretende imitar e deve-se utilizar, para tanto, dos aspectos "que não se escondam no rosto" de suas esculturas, a saber: "a magnanimidade e a dignidade, a mesquinharia e o servilismo, a moderação e a prudência, a arrogância e a vulgaridade". Assim, aos homens imitados, tanto na escultura quanto na pintura, parados ou em movimento, não se lhes furta a oportuna emoção retratada, antes devem aparentar estar sempre vivos, pois a imitação – principalmente nas esculturas, "enforma" a alma, uma vez que a própria alma não é passível de captação exata pelo artista, mas cabe a ele, ao imita-la, fixar-lhes, na forma, o conteúdo. 2. Em quais sentidos podemos falar do Belo na teoria de Xenofonte? Nos fragmentos de Xenofonte, o filósofo apresenta o Belo como se relacionando, primordialmente, caráter de utilidade e de bondade. Assim, necessariamente o que é bom é belo, e o que é belo é útil e bom, e essa relação guarda, é claro, seus desdobramentos os quais Xenofonte explica estabelecendo diferença