Filosofia Socrática
O objeto da filosofia socrática é o homem como ser moral. Desta maneira Sócrates dá início ao período antropológico da filosofia grega de forma magnífica. A consideração do mundo e de Deus não é inteiramente descuidada, mas é somente empregada quando necessária e subordinada ao objeto primário, como dito, o homem como ser moral.
Assim Sócrates, da ordem e da finalidade do mundo, deduz a existência de Deus como um ser uno, com suprema inteligência, sábio, onipotente, bom e generoso provedor, mas não se preocupa em dar uma definição mais além de Deus, pois basta-lhe o conhecimento de Deus que faz o homem trabalhar moralmente.
Sócrates, apoiado neste conhecimento de um Deus bom e provedor, não só fazia um certo otimismo antropológico como vimos anteriormente, mas também um otimismo cosmológico: este mundo é o melhor e não traz nada de mau em si mesmo.
Ainda que Sócrates não tenha desenvolvido um sistema completo de filosofia, contribuiu muito com seu progresso, mais ainda, desenvolveu o período sistemático, por que:
1º – Procurando das conceitos e definições claras o direto e exato método científico/filosófico que Platão e Aristóteles aperfeiçoaram mais tarde e cultivaram em todas as áreas da filosofia.
2º – Iniciou o período antropológico que, ante tudo, considera o homem e planta os fundamentos da filosofia ética. Além dessa consideração ética e antropológica, ampliar muitas outras áreas de filosofia.
3º – Com esta consideração ética aponta o íntimo vínculo entre a filosofia teórica e a vida prática, apesar de alguns exageros nessa linha.
4º – Merece elogios também pelo combate ao ascetismo teórico e a perniciosa licença política e moral de sua época.