Filosofia na Idade Moderna
Os filósofos da Idade Moderna apresentavam a preocupação de não enganar-se no que diz respeito a aquisição de conhecimento. A crítica é feita, sobretudo, aos equívocos cometidos pela filosofia medieval, impregnada de religiosidade.
A procura na maneira de evitar o erro faz surgir a principal característica do pensamento moderno: A questão do método.
Estes filósofos preocupam-se não somente com a questão do ser (metafísica) mas com outro problema: como conhecemos o ser (epistemologia).
Há certo realismo na filosofia deste período, pois não colocam em dúvida a existência do ser.
A atenção é transferida para o sujeito que conhece.
Duas corretes surgem tentando responder como se dá o processo de conhecimento: Racionalismo e Empirismo.
B. O Racionalismo de René Descartes.
Ponto de partida: busca de uma verdade primeira, que não possa ser posta em dúvida.
Assim, transforma a dúvida em método (dúvida metódica)
Cogito: o caminho da dúvida...
Duvido de todo que existe. Porém, se duvido, é porque penso; se penso, logo existo. (Cogito, ergo sum)
A conclusão se dá pela evidência lógica, racional, de que é preciso existir para pensar; e não pela percepção do mundo exterior – até mesmo de seu corpo.
Descartes constrói o racionalismo priorizando o sujeito, não o objeto.
A evidencia do ser pensante é uma verdade muito clara e distinta à razão. Por isso, deve ser uma verdade universal, base para se construir todo conhecimento. É a verdade primeira, indubitável.
Descartes admite assim, existir idéias inatas ao homem, próprias da capacidade de pensar.
O conhecimento se constrói a partir do uso de minha razão. Mas como posso saber que o que eu penso é equivalente ao que existe?
Deus
Idéia inata de Deus: ser perfeito; deve ter perfeição de existência; senão lhe faltaria algo para que fosse perfeito; portanto existe.
O mundo
Posso saber que o que penso é o que realmente existe posto que a idéia de perfeição me remete a Deus e ele,