Filosofia Moderna
A partir da física elaborada nos séculos XVII e XVIII, os trabalhos de Galileu, Francis Bacon e Descartes (entre outros), iniciaram o pensamento moderno reduzindo as quatro causas apenas a duas: a eficiente e a final. A física moderna considera que a Natureza age de modo inteiramente mecânico, isto é, como um sistema necessário de relações de causa e efeito, tomando a causa sempre e exclusivamente no sentido de causa motriz ou eficiente, não há causas finais na Natureza. No plano da metafísica, além da causa eficiente, é conservada a causa final, pois esta se refere a toda ação voluntária e livre, ou seja, refere-se à ação de Deus e a dos homens. A vontade (divina e humana) é livre e age tendo em vista fins ou objetivos a serem alcançados. A Natureza se distingue de Deus e dos homens (enquanto espíritos) porque ela obedece a leis necessárias e impessoais – a causa eficiente define o reino da Natureza como reino da necessidade racional –, enquanto Deus e os homens agem por vontade livre – Deus e os homens constituem o reino da finalidade e da liberdade.
Causa Eficiente
Observações prévias
1ª Para Locke a causa eficiente consistia na simples procedência e sucessão relativa dos fenômenos que a experiência sensível nos oferece. Desta teoria, Hume deduz logicamente que não temos e nem podemos adquirir a noção ou ideia de causa, porque esta ideia e o princípio de causalidade que a ela se refere, apresentam características de necessidade e universalidade que ultrapassam a experiência dos sentidos e dos fenômenos sensíveis.
2ª Por outro lado Mallebranche, com alguns outros partidários do cartesianismo, renovaram o antigo ocasionalismo afirmando não haver causa