Filosofia Moderna e MEDIEVAL
08 e 09 de Junho de 2009
OS SÉCULOS XVI E XVII: OS DETERMINANTES DA ARTE DE ENSINAR
NUM CONTEXTO DE TRANSIÇÃO
NEVES, Sandra Garcia (UEM)
GASPARIN, João Luiz (Orientador/UEM)
Introdução
Alguns acontecimentos do século XVI e XVII foram tão decisivos que mudaram, definitivamente, o modo de pensar e agir humano a partir de então. Especificamente, no campo educativo, estas transformações contribuíram com a expansão das escolas e ampliou, conseqüentemente, o número de alunos integrantes da instrução pública o que exigiu, por sua parte, nova organização, meios e instrumentos de ensino.
Poderíamos citar centenas de nomes, de filósofos, cientistas, religiosos e outros, contudo, como esta empreitada para nós é extremamente difícil, optamos por citar alguns nomes, não menos significativos, para exemplificar como as transformações no modo de produção e na organização social, interferiram na constituição das escolas e dos métodos de ensino. Nosso objetivo é expor parte dos acontecimentos do período referido e seus reflexos na Arte de Ensinar.
Séculos XVI e XVII: os determinantes
“Acabou-se o velho tempo, estamos numa época nova”, é a frase que Brecht (1970, p.
11) escreveu para o professor de matemática na peça de teatro “Vida de Galileu”. Esta frase curta, porém, cheia de significado, resume as características dos séculos XVI e
XVII chamados de “séculos do método” (GASPARIN, 1994b, p. 213). Nestes séculos, a transição da Idade Média para a Idade Moderna é a “[...] passagem do estático, fixo, imutável, fechado, de verdades reveladas, para o dinâmico, variável, mutável, aberto, de verdades por descobrir [...]” (LORA apud GASPARIN, 1994a, p. 32).
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Universidade Estadual de Maringá
08 e 09 de Junho de 2009
O século XVI e o XVII foram marcados pelo grande crescimento da ciência, das artes, da economia, da política e da filosofia. Neste período, decisivamente “[...] a imprensa foi a mais poderosa ajuda dada aos reformadores religiosos e o