Filosofia Grega
2.1 FORMAÇÃO PARA A VIRTUDE
No contexto dos gregos surgem as primeiras reflexões sobre a educação, ora concebida como desenvolvimento das habilidades inatas
(pedagogia da essência), ora como aprendizado de habilidades (pedagogia da existência) com resultado de capacidades técnicas empregadas ora como artifício de desenvolvimento de habilidades, ora empregada como forma de treinamento à aquisição de habilidades.
Embora
com
os
questionamentos filosóficos tenha emergido o problema central da formação, já no universo mitológico é bem visível o problema da formação do homem grego à media em que o próprio mito elucida compreensões de homem e formas de atingir esses ideais.
2.1.1 Mito e formação
O Conhecimento Mitológico está fundado na crença da tradição oral.
Busca explicar a realidade através de fábulas. Pode significar idéias falsas: o mito da superioridade racial dos germânicos sobre as demais raças. Pode ser uma crença exagerada, algo irreal, supersticioso. Além disso, o mito cumpre uma função estruturação social. Nele está implicada uma visão de mundo, sobre o que é certo ou errado, o que é virtude ou não. Em muitas sociedades o mito orienta o lugar, o papel dos indivíduos na sociedade cumprindo o ideal apresentado.
O termo grego Mýthos, que significa mito, designa uma forma de narrativa, discurso ou notícia que se espalha (CHAUÍ, 1994, p. 354). Esse
termo é tomado inicialmente como uma forma de relatar a realidade, sua credibilidade está na pessoa que conta a história. Em geral o termo designa uma forma de explicar, um conceito do que seja a verdade, nele não está pressuposto o questionamento, sua forma de sustentação é a autoridade de quem conta. Tal autoridade é justificada na medida em que essa pessoa é considerada socialmente portadora da verdade, pois a narrativa do mito é dada como divina e, portanto, proveniente dos próprios deuses. Por sua vez, a pessoa que narra ou conta o mito recebeu essa mensagem dos próprios seres divinos ou