Filosofia da Ciência (fichamento)
A mola propulsora do conhecimento está relacionada à necessidade de controlar o ambiente e garantir a própria sobrevivência humana. As religiões, a filosofia, as artes, o senso comum e a ciência são “formas de dar sentido” (OLIVA, p. 8, 2003), encontradas pela humanidade na tentativa de explicar, dominar e/ou controlar nosso planeta. Um dos aspectos decisivos que as diferem é o método empregado: a religião, baseada em dogmas, é validada pela autoridade que enuncia tais dogmas; a filosofia baseia-se na lógica, no método especulativo para a compreensão do mundo e a ciência se submete aos “enunciados teóricos sujeitos à refutação empírica pela identificação de contra-exemplos” (OLIVA, 2003, p. 27).
Embora os defensores do saber científico o coloquem em um patamar superior a outros saberes, a ciência é uma construção humana, uma tentativa de explicar o mundo. Como citado anteriormente, o que a difere das demais formas de conhecimento é o fato de ser “formalmente impecável; referir-se de maneira unívoca a estados da realidade e convencer a comunidade de pesquisadores do valor explicativo das teses defendidas” (OLIVA, 2003, p. 13).
Oliva chama a atenção para não cairmos na armadilha do “leito de Procrusto” (OLIVA, 2003), na tentativa de enquadrarmos forçadamente os dados coletados às teorias que se pretende validar. Além disso, o rigor metodológico na prática científica é fator decisivo para a credibilidade dos resultados perante a comunidade científica.
Por meio da ciência, o homem não somente passou a controlar o meio ambiente, garantindo sua sobrevivência, como também passou a controlar socialmente outros homens, dessa vez, legitimado pelo status que o conhecimento científico dispõe. A responsabilidade enquanto pesquisador social:
Oliva (2003) chama a atenção para nossa responsabilidade enquanto pesquisador dos “fatos psicossociais” (OLIVA, p.