Filosofia da caixa preta
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta. São Paulo: Hucitec, 1985. 92p.
No livro “Filosofia da caixa preta”, o autor Velén Flusser faz uma mediação entre homem e a realidade. O livro começa falando de imagem. Para tal, recua até aos primórdios da civilização fazendo uma definição do que é uma imagem tradicional e o que é uma imagem técnica. Flusser definiu que as imagens tradicionais têm o propósito de representar o mundo. São imagens provenientes de um tempo anterior à escrita, que inicia a concepção de um tempo linear. As imagens tradicionais imaginam o mundo. Ao especificar a imagem técnica, o autor as define como sendo imagens produzidas por aparelhos que, no entanto simboliza uma espécie de evolução no modo de pensar e enxergar a imagem. A imagem técnica não tem o objetivo de representar o mundo, mais sim representar novos conceitos em relação ao mundo. Ele cita que essas imagens podem ser usadas de forma a criar um envolvimento com a cultura do povo, a fim de disseminar uma ideia sobre determinado conhecimento. No decorrer do livro o autor fala sobre Aparelho, ou seja, a câmera fotográfica, que é um instrumento que permite ao homem capturar uma imagem. Ele explica que é necessário ter discernimento para encontrar em um mundo tão cheio de imagens, aquelas que possam significar alguma coisa e que possam adquirir valor. Quando o assunto passa a ser “O Gesto de Fotografar”, tema de seu quarto capítulo, Flusser reafirma a ideia da necessidade de imagens interessantes, informativas e ao mesmo tempo inéditas. Explica que é necessário que o fotógrafo faça uma sequência de fotos que possam ilustrar o acontecido de forma mais realista possível, e que a práxis fotográfica obedece a certas regras e restrições de aparelhagem, além de respeitar sempre um determinado ponto de vista, definido sempre pelo fotógrafo. Em relação a “Fotografia Impressa”, nos deixa claro que as fotografias mais reais, verdadeiras, são aquelas em que